segunda-feira, 25 de novembro de 2013
VELHO DA CORUJA:
Convido vocês, agora, a conhecer mais um de meus trabalhos de escultura de parede feito com madeira maciça, que pertence a minha principal temática (humano-animal). Eu o batizei "o velho da coruja".



Podemos perceber, na escultura de madeira para decoração de parede, um homem velho, de cabelo grisalho grande, barba esticada, bem envolvido por uma coruja através de uma espécie de "aura" energética (que aparece esverdeada no entalhe em madeira).



A pose desse homem (uma espécie de postura de um feiticeiro preparando algum tipo de magia ou bruxaria) está ali para trazer força à uma imagem que somos condicionados a ver como fraca e sem poder. Um velho comum é tendenciosamente visto como fraco, mas a um bruxo não é atrelada essa imagem de fragilidade.



A coruja, mostrada em enorme dimensão na escultura para parede, possui parte de suas penas e plumas conectadas a esse velho homem. Ela se encontra no fundo, por detrás da figura humana.



Existe nessa escultura de madeira a visão de uma complementação e de uma potencialização. A coruja, animal hábil caçador, de agilidade, silenciosidade e destreza, complementa, dá força e incrementa a visão natural de fraqueza existente na velhice. Mais do que complementar, ela potencializa a já poderosa imagem de sabedoria existente em seres humanos mais velhos, pois também associa-se sabedoria a esse misterioso animal.



Mais uma vez a força e a fraqueza humanas são vistas ao mesmo tempo, mostrando o quão complexo pode ser olhar para o ser humano no seu contato com o mundo animal.


Minha intenção ao criar este trabalho, de escultura de parede feito em madeira, foi mostrar a fragilidade sendo contornada, e o poder sendo multiplicado por um tipo de vínculo que está ficando totalmente escasso no mundo em que vivemos, um vínculo que produz benefícios pra todos os lados. O homem sábio que recebe ajuda naquilo que tem fraqueza também ajuda naquilo que o animal tem fragilidade. É preciso recuperar esse mutualismo e essa cumplicidade que se perdeu na complexa, inevitável e importante relação do homem com o mundo selvagem.

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